15 de setembro de 2011

Amor Absoluto


Outrora, éramos ausentes, desconhecidos
Juntos, talvez, palmilhamos a mesma estrada,
Mas o destino ou Deus, não explico,
Quis que nos encontrássemos,
Marcando para nós, um encontro
Numa nova e longa caminhada...
Eu te via assim,
Comum como tantos outros
Rosto firme, olhar vazio, calmo...
Ar misterioso, que me encabulava a’lma.
Até que um dia de repente,
Como a câmara que procura o foco
Meu olhar buscou o teu, como a farejar respostas:
- Por que esse homem tímido de sorriso lindo
Me sufoca tanto o peito,
Me enche de tanto encanto...?
Tive enfim, a resposta que buscava,
Quando o teu olhar encontrou o meu
Vi o teu rosto comum, tornar-se iluminado...
E foi-se distanciando tanto
Dos tantos outros que  eu achava assemelhados
Fomos então nos descobrindo aos poucos
Nossas atitudes, posturas, foram confrontadas
Idéias foram encolhidas ou agigantadas pra nos combinar...
Preenchidos os vãos que nos haviam destinado
Um amor absoluto então, estava instaurado:
Nos somamos um ao outro, em Deus
Como o Amanhecer e a Alvorada. 


Alzina Bomfim

Nenhum comentário:

Postar um comentário